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Como perder o medo de investir na bolsa?

  

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Quando resolvemos investir no mercado de ações inicialmente lidamos com um enorme medo de perder nosso capital, de ver nosso patrimônio se desvalorizar e acabar ficando sem nada.

Esse é sem dúvidas um medo que atinge quase todos que começam a investir em ações, porém, devemos entender qual o real risco disso acontecer de fato e o que pode ser feito caso o pior aconteça. E acredite, se você fizer do jeito certo você verá que esse medo não tem fundamento algum.

O intuito aqui é tranquilizar quanto ao seu primeiro investimento em ações, mostrando pra você de forma clara que não há o que temer quando você estrutura uma carteira de investimentos de forma diversificada e da maneira correta.

Logo que alguém inicia no mercado de ações deve, antes de mais nada, entender o conceito da diversificação que é basicamente não colocar todo seu capital em um único investimento.

Diversificar pode ser entendido como variar, ou seja, você vai colocar seu patrimônio em ativos variados. Supondo que você tenha o capital de R$100.000, obviamente você não vai colocar todo seu dinheiro em um único investimento, mas sim, dividir em vários investimentos para que no caso de algum dar errado, você terá outros. 

Quando começamos no mercado de ações devemos ter a diversificação como regra primordial em nossos investimento.

Vamos desenhar alguns possíveis cenários quando você inicia seus investimentos em ações:

Supondo um indivíduo com R$100.000,00, e o mesmo tem todo esse dinheiro em investimentos de renda fixa, por medo de ter uma perda de capital, ou perder todo seu dinheiro. 

Uma boa opção para esse sujeito seria:

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Para você que está dando os primeiros passos, comece aos poucos, inicie com um percentual menor em renda variável e conforme você vai ganhando confiança você pode aumentar seu volume em ações.

Repare que para que você comece a investir em ações de maneira mais tranquila você deve ter a maior parte do seu capital em renda fixa (80%ou mais), o que vai garantir sua proteção.

Agora que você alocou boa parte na renda fixa, você vai então diversificar seu capital de renda variável entre boas ações, o ideal é que sua diversificação seja em empresas rentáveis, consolidadas em seus setores de atuação e que de preferência sejam de setores diferentes, reduzindo o risco inerente das ações.

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Repare que nesse exemplo foi colocado 4% do capital total(100k) em cada uma das 5 empresas, agora vamos imaginar que 5 anos se passaram desde a montagem da carteira, vamos aos possíveis cenários.

Cenário 1

Ao escolher boas empresas para compor sua carteira, você ganhará com a valorização delas, e com possíveis proventos que essas empresas venham a pagar, seja com dividendos, bonificações ou juros sobre capital próprio. O esperado é que no período de 5 anos as empresas tenham um certo crescimento. Caso isso ocorra você ganhou na renda fixa e ganhou também na renda variável.

Cenário 2

No segundo cenário, vamos supor que ao final dos 5 anos 4 das 5 empresas se valorizaram e uma delas acabou entrando em processo de falência, fazendo com que o investidor perdesse 100% do que foi alocado nessa empresa. Conforme a imagem a seguir:

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Repare que mesmo com uma empresa indo a falência o lucro das outras acaba cobrindo essa perda. Nesse cenário percebe-se a importância da diversificação entre boas empresas e de diferentes setores. Isso faz com que a chance de uma grande empresa ir a falência seja baixa, e caso ocorra o lucro das outras empresas podem cobrir essa perda.

Cenário 3

Nesse cenário temos a ocorrência de uma catástrofe, vamos imaginar que todas as 5 empresas que você escolheu após 5 anos deixaram de existir, e foram todas a falência. Aí percebemos mais uma vez a importância de escolhermos boas empresas que sejam consistentes e com bom resultado. Então se o pior acontecer temos todo capital que foi alocado em ações reduzido a zero.

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Esse cenário é o pior possível, caso tudo dê errado, e a bolsa praticamente entre em colapso, mesmo assim você não perdeu todo seu patrimônio.

Lembra daqueles 80 mil que estavam em renda fixa?

Após 5 anos considerando uma taxa de aproximadamente 5% a.a. os mesmos 80 mil teriam se tornado pouco mais de 100 mil, ou seja, o mesmo capital de quando você iniciou, e esse é o pior dos cenários.

Conclusão

Perceba que mesmo no pior dos cenários você ainda assim teria seu capital disponível (sem contar a inflação) lembrando que é extremamente improvável que ocorra, pois se você escolher boas empresas, que sejam lucrativas e que tenham um lucro recorrente a tendência é que elas se valorizem cada vez mais. E normalmente, antes das empresas declarar falência elas apresentam problemas.

Então comece da maneira certa, diversificando seu capital, com uma carteira bem diversificada tendo entre 5 e 15 ativos de renda variável. E no inicio não esqueça da importância de ter uma parte em renda fixa, compondo a sua proteção no longo prazo.

Lembrando que o mais importante é que sua carteira se adeque ao seu perfil de investidor.

Róger Morais | Renda variável

 



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