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Reserva de emergência: o que é e como investir em 2021?

  

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Em 2020, muita gente foi pega de surpresa pelos efeitos econômicos causados pela pandemia do novo Coronavírus. Embora seja impossível prever quando uma situação de dificuldade acontecerá, há como se preparar para reduzir os impactos. Por exemplo, a partir de uma reserva de emergência.

O ideal é que todas as pessoas saibam a importância desse montante e, principalmente, entenda como investi-lo de maneira adequada. Desta forma, em momentos de dificuldade, você poderá encarar qualquer desafio com mais segurança e tranquilidade financeira.

Neste artigo você descobrirá o que é, como montar e como aplicar a sua reserva financeira em 2021. Continue a leitura e saiba mais!

O que é reserva de emergência?

Por melhor que seja o seu planejamento financeiro, sempre há o risco de ocorrerem imprevistos. A perda do emprego, a diminuição dos salários ou a deterioração econômica afetam os seus ganhos e os seus gastos. Para estar preparado para esses cenários, o ideal é ter uma reserva de emergência.

Trata-se de um montante de dinheiro que fica disponível para o uso conforme necessidades atípicas e urgentes surgirem. Então serve como uma rede de segurança para o momento em que gastos ou perdas inesperadas ocorrerem em seu orçamento.

Assim, você evita passar por dificuldades financeiras e endividamento. E pode manter a tranquilidade da sua família diante de situações não planejadas. Percebeu a importância desse colchão financeiro?

Como fazer a reserva emergencial?

Para montar a sua reserva de emergência é preciso, primeiramente, encontrar qual é o custo do seu padrão de vida. A intenção é entender o quanto você gasta, mensalmente, para manter em dia todas as contas e as obrigações.

O valor servirá de referência para definir o total a ser obtido. Não existe um número mínimo ou máximo, mas é comum que uma reserva de emergência cubra pelo menos 6 meses do gasto mensal. Com isso, é mais fácil se manter confortavelmente em caso de eventualidades.

Não costuma ser necessário guardar valores superiores a 12 meses do seu custo mensal. Isso porque essa quantia serve, exatamente, para emergências. Depois que conseguir reunir uma quantia suficiente para lhe trazer liberdade financeira, você já pode pensar em direcionar os recursos extras para outros investimentos e objetivos.

Mas, para montar uma reserva o mais rapidamente possível, é preciso fazer um planejamento financeiro. Graças à boa organização financeira, você poderá readequar despesas e destinar uma parte do orçamento para investimentos. Logo, ela poderá ser destinada para montagem da reserva. 

O ideal é aplicar o dinheiro para manter o valor rendendo e evitar os impactos da inflação. Ao mesmo tempo, você deve ser capaz de retirá-lo, conforme a necessidade. Por isso é preciso saber onde investir para essa finalidade.

Onde investir a reserva de emergência?

Devido aos objetivos e funcionamento da reserva emergencial, o mais adequado é escolher investimentos seguros e de alta liquidez para investir o montante. Assim, você tem a certeza de que os valores estarão disponíveis e de que será possível retirá-los sem perdas no momento em que precisar.

Considerando isso, as alternativas presentes na renda fixa se destacam. A seguir você descobrirá onde investir a reserva de emergência e entenderá como funcionam alguns dos investimentos mais populares para essa finalidade.

Acompanhe!

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um tipo de título público do Tesouro Nacional. De modo amplo, o investimento consiste em oferecer recursos ao Governo, que o utiliza para realizar investimentos e manter programas públicosem funcionamento.

Em troca, você recebe rendimentos. No caso desse produto financeiro, a rentabilidade é pós-fixada e acompanha a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.

Ele conta com liquidez diária e, por isso, pode ser resgatado antes do prazo. Quanto à tributação, a cobrança de IR sobre o Tesouro Selic acompanha a tabela regressiva do Imposto de Renda. Valores investidos por 720 dias ou mais pagam a alíquota mínima, de 15% sobre rendimentos.

CDB com liquidez diária

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) está associado às instituições financeiras. Nesse tipo de investimento, os recursos captados são usados para que as instituições cubram as suas operações.

Há diversos CDBs no mercado, com diferentes prazos e formas de rentabilidade. Contudo, nem todos têm liquidez diária. Os que apresentam essa característica costumam ser pós-fixados atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Para investir a sua reserva de emergência, lembre que o título de alta liquidez é a melhor alternativa. Quanto à tributação, valem as mesmas regras do Tesouro, com uso da tabela regressiva de IR. 

Mais uma informação importante é que o investimento tem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Ele devolve dinheiro em caso de calote — em um limite de até R$ 250 mil, por CPF e instituição financeira, com teto geral de R$ 1 milhão a cada 4 anos.

Fundos de Investimento DI

Por fim, os Fundos DI também são uma opção para quem deseja saber onde investir a reserva de emergência. Fundos de Investimentos funcionam como condomínios. Os investidores adquirem as cotas e passam a participar dos resultados do fundo, que são obtidos a partir da atuação de um gestor. 

Esse profissional fica responsável por realizar a alocação dos valores aportados pelos cotistas, de acordo com a estratégia definida. No caso dos Fundos DI, a maior parte dos recursos é investida em títulos públicos. Assim, eles costumam ter liquidez diária.

A cobrança de IR também é feita pela tabela regressiva, mas há a incidência do chamado come-cotas. Ou seja, existe uma antecipação semestral do imposto na forma de desconto de cotas. Em termos de custos, vale a pena, ainda, observar a taxa de administração incidente.

Por que escolher alternativas seguras mesmo com a Selic em baixa?

Todas as escolhas de investimento que apresentamos são da renda fixa. Por isso, têm rentabilidade limitada e são impactadas pela queda na Selic. Na prática, significa que o rendimento delas ficou menor nos últimos meses.

No entanto, é preciso se lembrar que o objetivo de investir a reserva de emergência não é rentabilizar o dinheiro, e sim protegê-lo e mantê-lo disponível. Sendo assim, essas possibilidades continuam potencialmente atraentes porque oferecem liquidez e segurança ao investidor – e remuneração superior à poupança.

Investir a reserva de emergência em alternativas adequadas para esse objetivo permite que você utilize o dinheiro com segurança e flexibilidade. E faz com que você esteja mais preparado para enfrentar quaisquer dificuldades que possam surgir.

Então não deixe de considerar as orientações que trouxemos neste artigo para manter o seu orçamento mais protegido no próximo ano e em todos os outros!

Agora que você conhece a relevância de uma reserva financeira em momentos desafiadores, aproveite para saber quais são as lições que ficam depois da crise!

 



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