Após comprar ações, seus lucros podem não depender apenas da venda dos papéis ou do recebimento de proventos. Você sabia disso? Ao entender como funciona o aluguel de ações, você tem a chance de rentabilizar o investimento de mais uma maneira.
Esse tipo de operação traz vantagens tanto para quem tem as ações na carteira quanto para quem decide alugá-las por um período. Caso faça sentido para você, vale a pena descobrir como tudo acontece e quais passos é preciso dar.
Neste artigo, você aprenderá como funciona o aluguel de ações e entenderá o que deve fazer para ter seus papéis alugados. Confira!
O que é o aluguel de ações?
O aluguel de ações é um tipo de operação disponível na B3, a bolsa de valores brasileira. Ele permite que um interessado alugue os papéis que fazem parte da carteira de outro investidor. Esse aluguel é muito utilizado por quem realiza a especulação na bolsa de valores.
Diferentemente do investimento em ações, o especulador tem o intuito de aproveitar oscilações de preço para lucrar. Assim, o aluguel permite utilizar os papéis em suas operações, sem precisar adquiri-los.
Como funciona o aluguel de ações?
Antes de decidir alugar as ações, você precisa conhecer o processo, que é formado por duas partes: o tomador e o doador. O tomador é quem aluga os papéis que fazem parte do patrimônio de outro investidor.
Já o doador é quem disponibiliza seus papéis e recebe um aluguel por isso. Na prática, tudo começa pelo interesse do investidor de longo prazo, que demonstra à corretora a vontade de deixar seus papéis para locação.
Então ele determina quantas ações deseja disponibilizar — e o contrato prevê quanto tempo e qual será o valor cobrado por isso. Logo, o aluguel dos papéis funciona de modo parecido ao que acontece com a locação de imóveis, por exemplo — tendo a corretora como intermediária.
Em relação ao tomador, será exigida uma garantia — que pode ser oferecida em dinheiro ou em ativos, como títulos de renda fixa. O objetivo é dar a certeza de que o tomador dispõe de recursos para efetuar a liquidação financeira do aluguel.
Quando o acordo de aluguel é fechado entre as partes, as ações do doador são transferidas ao tomador. Quem aluga os papéis pode utilizá-los em operações diversas. Ao final do prazo, o tomador fica obrigado a devolver os papéis, conforme o acordado.
Além dessas características, existem outros pontos que merecem sua atenção sobre o aluguel de ações na B3. Veja!
Taxa de aluguel
Como visto, o aluguel do ativo terá um preço previamente acordado. Nesse caso, o valor costuma corresponder a um percentual do preço determinado para as ações.
Se um investidor alugar 1000 ações a 2% ao ano e a cotação for de R$ 20,00, por exemplo, significa que ele receberá R$ 400,00 ao ano pelo aluguel. Se a taxa, na verdade, fizer referência ao semestre, o ganho anual poderá ser de R$ 800,00.
Proventos
É importante considerar que a distribuição de proventos pode ocorrer durante o período em que as ações estão alugadas. E eles serão pagos, normalmente, ao doador. Afinal, é ele quem mantém a propriedade e o direito sobre as ações.
Tributação
A taxa de aluguel recebida pelo empréstimo de ações é tributada pelo Imposto de Renda. O funcionamento é o mesmo da tributação pela tabela regressiva que é aplicada à renda fixa.
As tarifas são as seguintes:
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até 180 dias: 22,5%;
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de 181 a 360 dias: 20%;
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de 361 a 720 dias: 17,5%
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acima de 720 dias: 15%.
O prazo diz respeito ao período em que as ações ficam alugadas. Logo, um tempo maior de aluguel pode levar ao pagamento da alíquota mínima.
Quais os benefícios de alugar as ações da sua carteira?
Pensando nas vantagens, alugar as ações que estão em seu portfólio é uma forma de rentabilizar seus ativos. Essa é mais uma maneira de obter rendimento com os papéis, o que pode melhorar seus ganhos líquidos no longo prazo.
Além disso, você não deixa de receber os proventos pagos pela empresa, caso aplicável. Desse modo, não há perdas sobre o rendimento obtido com dividendos, por exemplo.
Também há o fato de o risco ser bastante reduzido. Toda a negociação acontece por meio da B3 e com intermédio da corretora. Se o tomador tiver dificuldades para devolver suas ações, a garantia da operação viabilizará a devolução dos seus papéis.
Quais as vantagens de alugar papéis de outro investidor?
Entender como funciona e aproveitar o aluguel de ações também pode ser positivo para o tomador. Por meio desse processo, é possível realizar diversas operações de especulação ou proteção de carteira.
Por exemplo, o aluguel pode viabilizar estratégias de long e short e a venda a descoberto. Dessa forma, podem-se atingir objetivos específicos ao aproveitar certos momentos do mercado.
Porém, vale notar que o tomador corre mais riscos ao alugar ações. Ao usá-las para realizar uma venda a descoberto, por exemplo, uma valorização dos papéis pode tornar inviável a aquisição pelo novo preço sem um grande prejuízo.
Como alugar as suas ações?
Caso você tenha ações em sua carteira e deseje alugá-las, o primeiro passo é informar seu interesse à sua corretora. A instituição financeira ficará responsável por disponibilizar os papéis no mercado e a negociação ocorrerá por meio da B3.
Após manifestar o interesse, também é importante identificar qual será a taxa cobrada e qual é o período de locação. Feito isso, será necessário aguardar um tomador que queira fazer o aluguel.
Caso os papéis sejam alugados, vale a pena acompanhar, eventualmente, o processo ao longo do tempo via corretora de valores. Após receber a remuneração pelo aluguel, o imposto será descontado na fonte.
Com base nessas informações, agora você sabe como funciona o aluguel de ações e como ele pode ajudá-lo a rentabilizar sua carteira. Dessa forma, investidores e especuladores têm mais uma oportunidade de obter ganhos ao participar do mercado acionário.
Pensando em fazer investimentos na bolsa de valores? Então veja qual é o momento certo para comprar ações!
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