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Você conhece os principais efeitos do mercado chinês na economia do Brasil?

O mercado chinês está entre os maiores do mundo e tem grande influência nos resultados de outros países. Devido às relações estabelecidas, os impactos no Brasil podem ser especialmente maiores. Por isso, é fundamental ter atenção a esses movimentos.

Além de conhecer quais podem ser as consequências das decisões chinesas no Brasil, vale a pena saber como investir na China. Dessa forma, é possível aproveitar o potencial de crescimento que o país pode oferecer.

A seguir, veja como o mercado chinês afeta o cenário brasileiro e saiba como se expor ao país asiático, se for do seu interesse!

Qual é o tamanho do mercado chinês?

Um dos motivos para a influência do mercado chinês no mundo é a dimensão da economia do país asiático. Em comparação às outras potências, a China tem a segunda maior economia do planeta, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Porém, até 2027, a expectativa é que a China supere os EUA. Segundo as previsões, o mercado chinês alcançará um total de 35 trilhões de dólares, contra 30 trilhões de dólares do mercado americano.

Essa expectativa faz sentido devido ao ritmo de crescimento da economia chinesa nas últimas três décadas. Em 2020, mesmo diante das consequências da pandemia de covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês avançou 2,2%.

Em 2021, a alta foi ainda maior e alcançou 8,1%. Esse foi o maior resultado da década, já que um crescimento maior tinha sido observado apenas em 2011. Na prática, isso demonstra a capacidade de avanço da China e como ela consolida sua relevância no mercado global.

Como a China se tornou uma potência mundial?

Ao conhecer o tamanho do mercado da China, é comum se surpreender com a magnitude da economia chinesa. Isso é ainda mais relevante quando você observa que essa transformação em potência mundial aconteceu, na verdade, ao longo de três ou quatro décadas.

Foi na década de 1970 que o Governo chinês decidiu transformar o modelo de negócios do país. A economia, que era fechada, passou a estar orientada para o comércio internacional — com foco nas exportações.

Além da aproximação dos Estados Unidos, outros fatores influenciaram o desenvolvimento da China, como:

●        mão de obra abundante e barata devido ao crescimento populacional;

●        otimização da estrutura demográfica;

●        baixas taxas de juros;

●        melhoria dos indicadores sociais com aumento do PIB per capita;

●        urbanização;

●        industrialização.

Quais os principais efeitos da China em outros países?

Apesar do desempenho elevado nos últimos anos, a economia chinesa começou a observar momentos de desaceleração — antes mesmo da pandemia. Isso aconteceu porque o crescimento em altos patamares não seria sustentável.

Logo, ajustes foram feitos na economia chinesa, o que causou e pode causar impactos em outros países.  Em geral, uma redução no ritmo de crescimento da China afeta o ritmo do comércio internacional entre as principais economias.

Isso faz com que haja mais volatilidade no mercado e os preços dos insumos e produtos manufaturados também podem ser afetados.

Ainda, há uma percepção maior de risco quando esse cenário ocorre. Devido à importância da China, as bolsas pelo mundo podem sofrer alterações diante de notícias ou medidas a respeito da economia do país.

Como o mercado chinês pode afetar a economia brasileira?

Além dos impactos nos outros países, os efeitos do mercado chinês são sentidos diretamente no cenário brasileiro. Essa dinâmica se dá, principalmente, porque a China é a maior parceira comercial do Brasil.

Para entender como os efeitos costumam ser sentidos, veja de que forma as mudanças na economia chinesa afetam o Brasil!

Investimento e tecnologia

Um dos principais pontos do relacionamento entre a China e o Brasil envolve o investimento estrangeiro, por parte dos chineses. Entre 2010 e 2020, por exemplo, os aportes feitos por chineses na economia brasileira somaram mais de 65 bilhões de dólares.

Esse tipo de investimento é observado de diversas maneiras, como a abertura de sedes de empresas chinesas ou a compra de participação em negócios nacionais. Em 2021, foi possível acompanhar a participação da China nos leilões brasileiros do 5G, por exemplo.

Então, quando a economia chinesa está em crescimento, a tendência é que ocorram mais investimentos no Brasil. Isso pode ajudar a desenvolver setores ou aumentar a colaboração de tecnologia em diversas áreas.

Commodities

Os efeitos da relação entre Brasil e China também podem ser sentidos em relação às commodities e seus preços. Como o Brasil é um grande exportador de commodities, mudanças na demanda por parte da China podem afetar o resultado da balança comercial e o PIB brasileiro.

Por exemplo, se a economia chinesa estiver em desenvolvimento, a tendência é que haja uma demanda maior por aço, devido à importância dos ativos imobiliários. Com isso, a exportação de minério de ferro brasileiro cresce e o preço do produto também se eleva.

Já a queda na demanda no mercado chinês diminui o volume de exportações e pode afetar a geração de riquezas dos setores de commodities do Brasil. Como consequência, pode haver uma desaceleração do desenvolvimento econômico no nosso país.

Por outro lado, um aumento muito elevado na demanda chinesa pode influenciar a aceleração de preços e se refletir em inflação na economia brasileira.

Concorrência de mercado

Ao mesmo tempo em que a China está entre os principais compradores do Brasil, ela é uma grande concorrente para itens brasileiros. Devido à mão de obra barata e ao nível maior de industrialização para manufatura, muitos produtos chineses são mais competitivos que as versões nacionais.

Então, dependendo do cenário, a importação desses componentes também pode afetar negativamente o desenvolvimento do setor interno e até mesmo a geração de empregos no Brasil.

Como se expor ao mercado da China?

Como você viu, o mercado chinês tem grande influência no Brasil e no mundo. Por isso, ele pode trazer boas oportunidades para investidores. Caso você queira investir na China, existem opções disponíveis sem precisar sair do Brasil.

Um exemplo são os ETFs ou fundos de índice negociados na bolsa brasileira, a B3. Eles buscam replicar a carteira teórica de um indicador de mercado — que pode ser chinês. É o caso do XINA11, que permite se expor a esse mercado.

Você também pode recorrer aos certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs). Eles também estão na B3 e são lastreados em ativos internacionais, como ações, ETFs ou títulos de dívida (bonds).

Agora você sabe como o mercado chinês influencia o ambiente brasileiro e quais são os pontos de atenção. Se tiver interesse em aproveitar o cenário do mercado asiático, considere as alternativas para investir na China diretamente do Brasil!

Gostou dessas informações? Se quiser ajuda para traçar sua estratégia e conhecer o mercado financeiro, fale conosco da Messem Investimentos!

 



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