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5 alternativas para investir no exterior e montar uma carteira internacional

Se você já tem investimentos no Brasil, pode se interessar por começar a investir no exterior e montar uma carteira internacional. Essa é uma forma de expor seu capital ao mercado externo e aproveitar seus benefícios.

Além disso, para aproveitar a maior praticidade, você pode fazer esses investimentos sem sair do Brasil. Contudo, é importante se certificar de que as escolhas estão alinhadas ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Assim, você tomará decisões mais acertadas.

Neste artigo, você saberá as vantagens de investir no exterior sem sair do Brasil, além de conhecer 5 investimentos disponíveis no mercado que podem ser úteis para esse fim. Não perca!

Benefícios de investir e montar uma carteira internacional

Expor parte do seu capital ao mercado internacional pode trazer diversas vantagens para os seus investimentos. Confira alguns benefícios de investir no exterior:

Proteção contra oscilações do mercado

Como o mercado interno tende a ser descorrelacionado com o cenário internacional, você pode aproveitar essa característica para proteger sua carteira contra as oscilações do ambiente nacional. Ademais, quando as ações caem no Brasil, por exemplo, o dólar tende a subir.

Dessa forma, montar uma carteira que mescle ativos nacionais com alternativas atreladas à moeda norte-americana pode diluir os riscos e equilibrar os resultados. Afinal, deixar todo o seu dinheiro em investimentos no Brasil faz com que ele fique mais exposto aos problemas nacionais.

Ademais, é preciso considerar que países com economias fortes tendem a se recuperar mais rapidamente de crises. Logo, alocar parte dos recursos em alternativas dessas nações ajuda a diluir os riscos e pode resultar em rendimentos maiores ao longo do tempo.

Mais opções de investimento

Com a diversificação internacional, quem já investe no Brasil pode encontrar novas oportunidades de investimentos. Afinal, o mercado externo conta com alternativas que não existem aqui, especialmente na renda variável.

Outro ponto importante é o acesso às maiores empresas mundiais, como Amazon, Apple, Microsoft, entre outras. Dessa forma, você pode participar dos resultados de grandes companhias. O investimento internacional também permite se expor a setores ainda pouco desenvolvidos no Brasil, como o de tecnologia.

Exposição a uma moeda forte

Outra vantagem de investir no exterior e montar uma carteira internacional é a exposição a uma moeda forte, como o dólar. A estratégia pode ser bastante interessante para quem busca a possibilidade de valorização também pela variação cambial.

Assim, o investidor pode ter ganhos adicionais pela valorização do dólar em relação ao real. Outra possibilidade é lucrar pelo recebimento de parte dos lucros distribuídos pelas empresas listadas nas bolsas do exterior, por exemplo.

5 Alternativas para investir no exterior

Agora que você conhece os benefícios de montar uma carteira internacional, é hora de acompanhar as principais alternativas para investir no exterior sem sair do Brasil.

Confira:

1.      ETFs

Os ETFs (exchange traded funds), também chamados de fundos de índice, buscam espelhar a variação de determinados índices do mercado financeiro. As suas cotas são negociadas na bolsa de valores brasileira (B3) e é possível encontrar ETFs que replicam índices de outros países.

Entre eles, está o índice norte-americano S&P500, que acompanha o desempenho das 500 ações mais negociadas nas bolsas dos Estados Unidos. E existem ETFs atrelados a outros indicadores internacionais negociados na B3.

Dessa maneira, ao adquirir um ETF com essas características, você poderá se expor ao mercado externo sem precisar ter conta no exterior ou enviar recursos para fora do Brasil.

2.      BDRs

Os BDRs (brazilian depositary receipts) são certificados de depósitos de valores mobiliários negociados na bolsa brasileira. Eles são emitidos por instituições depositárias no Brasil e representam investimentos negociados no exterior — como ações, ETFs e títulos de dívida.

Os investimentos adquiridos pelas instituições depositárias ficam bloqueados e são usados para a emissão do certificado correspondente. Como adquirir essas alternativas diretamente no exterior exige a abertura de conta em instituições financeiras internacionais, o processo pode ser burocrático.

Logo, os BDRs se tornaram uma opção mais acessível para se expor ao mercado estrangeiro. Assim, quem adquire esses certificados não compra diretamente o ativo internacional, mas pode participar dos resultados dele.

3.      Fundos internacionais

Os fundos internacionais funcionam como outros fundos de investimento, reunindo os recursos de diversos investidores. Contudo, eles têm foco nas operações com ativos de outros países. Assim, os gestores montam um portfólio com alocações feitas, principalmente, em investimentos estrangeiros.

Em geral, os fundos internacionais são de ações ou multimercados. No segundo caso, a carteira pode ser formada por alternativas variadas, como títulos, ações e derivativos de mercados externos.

As cotas desses fundos podem ser adquiridas por meio da sua corretora de valores, sem a necessidade de fazer transações com outras moedas. Afinal, o investimento acontece em reais e de maneira online.

Vale ressaltar que, de forma geral, esse investimento só está disponível para investidores qualificados. Ou seja, para acessá-lo, é necessário ter, pelo menos, R$ 1 milhão comprovadamente investidos ou certificação para atuar no mercado financeiro.

4.      Fundos cambiais

Já os fundos cambiais são focados em moedas estrangeiras, como dólar e euro. Contudo, o aporte não é feito diretamente nessas ou em outras moedas. Nesse caso, o gestor compra e vende ativos e derivativos atrelados a elas, a depender da estratégia do fundo.

A volatilidade dos fundos cambiais costuma ser alta, principalmente pelas variações do câmbio. Então, para equilibrar os riscos, é comum os gestores investirem uma parte dos recursos em títulos de renda fixa.

5.      COE

O COE (certificado de operações estruturadas) é um investimento disponibilizado pelas corretoras de valores que mistura características da renda fixa e da renda variável. Assim, ele pode ser uma alternativa para quem deseja investir no exterior sem sair do Brasil.

Isso porque a estratégia do COE pode incluir ativos no exterior. Em geral, as decisões são tomadas a partir de um cenário esperado para câmbio, juros e inflação. Ademais, esse tipo de investimento pode ter capital protegido.

Nesse caso, se o COE não performar de acordo com o esperado, o investidor recebe o mesmo dinheiro que investiu de volta. Contudo, existem alternativas que mantêm todo o capital em risco, e podem gerar perdas limitadas ao montante alocado.

Com essas 5 alternativas, você aprendeu como investir no exterior e montar uma carteira internacional. Assim, os investimentos podem ser feitos no Brasil e não há a necessidade de abrir conta em corretora fora do país.

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