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Entenda o mercado de crédito privado

Se você está procurando opções para diversificar a sua carteira em renda fixa, o crédito privado é uma opção que merece a sua atenção como investidor. Estas são opções para quem busca algumas vantagens que não podem ser encontradas em títulos mais tradicionais, como o Tesouro Direto ou títulos bancários. 

Quer entender como funciona o mercado de crédito privado no Brasil? No texto de hoje, vamos te explicar o que é esta modalidade de ativos, as principais vantagens de investir nela e mais. Confira!

O que é crédito privado? 

Um investimento em crédito privado é uma aplicação de renda fixa e, como seu nome indica, emitida por empresas privadas. Assim como o Tesouro Direto e o Certificado de Depósito Bancário (CDB), o ativo de crédito privado é um título de dívida. 

Ao invés de recorrer a um empréstimo bancário para capitalizar, uma empresa pode emitir um título de dívida para se capitalizar através do mercado de crédito privado. Este empréstimo pode ser usado para financiar a expansão do negócio ou como capital de giro, por exemplo. 

Emitindo um título de dívida, que pode ser comprado por investidores individuais, gestoras ou até mesmo por instituições financeiras, a empresa pode ter acesso a um crédito mais vantajoso do que teria na contratação de um empréstimo bancário. Desta forma, o investidor terá a possibilidade de alocar seus recursos em investimentos de renda fixa com taxas maiores do que as convencionais, buscando uma maior rentabilidade. 

Tipos de crédito privado 

No mercado brasileiro existem hoje três modalidades principais de crédito privado: CRIs, CRAs e debêntures. Cada modalidade tem suas características próprias e podem fazer sentido para diferentes tipos de investidores. 

O Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) é um título de dívida para recursos que serão usados no setor imobiliário. Esse empréstimo é usado, por exemplo, para financiar a finalização de um empreendimento. 

Enquanto isso, o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é um investimento lastreado no setor agro. Eles funcionam da mesma maneira que os CRIs, mas os recursos são usados para financiar a compra de maquinário agrícola e outros investimentos para expandir os negócios da empresa que está emitindo a dívida. 

Para emitir um CRI ou um CRA, a empresa do setor imobiliário ou do agronegócio precisa contratar uma securitizadora. A securitizadora é uma instituição financeira que transforma créditos a receber em títulos de dívida negociáveis no mercado de capitais. 

Mas o que são esses recebíveis? Vamos usar os CRIs para conseguir exemplificar de maneira eficiente: quando você financia um imóvel com uma incorporadora, você está assumindo uma dívida com a empresa. Esta dívida é o recebível que será usado para lastrear o certificado emitido pela securitizadora. 

O funcionamento dos CRIs e CRAs é muito similar às Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA). Diferentes destes produtos, no entanto, os CRIs e CRAs não são emitidos por uma instituição financeira. Além disso, CRIs, CRAs e LCAs são investimentos isentos de IR e IOF, enquanto as LCIs são isentas apenas do IR. 

As debêntures, por sua, são títulos de dívida emitidos por empresas privadas que se assemelham mais à títulos como o Tesouro Direto. Diferente dos CRIs e CRAs, as debêntures não são vinculadas a direitos creditórios e não precisam estar ligados ao mercado imobiliário ou ao agronegócio. 

Comprando uma debênture, o investidor está emprestando dinheiro à empresa de acordo com as condições do papel. Este capital será usado para ajudar no crescimento da empresa, assim como nos outros ativos de crédito privado. 

No mercado brasileiro, as debêntures podem, em teoria, ser emitidas por qualquer empresa enquadrada como sociedade por ações (S/A). Para fazer uma oferta pública do título de dívida, é necessário que a empresa tenha capital aberto e registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Remuneração 

Como investimentos de renda fixa, os títulos de crédito privado podem ser oferecidos com três tipos diferentes de remuneração: prefixado, pós-fixado e mista. 

Títulos prefixados têm seu rendimento definido no momento da aplicação, ou seja, você sabe exatamente quanto seu investimento renderá caso você mantenha o ativo na sua carteira até a data de vencimento. 

Investimentos pós-fixados, por outro lado, têm seu rendimento definido apenas no vencimento do papel. O rendimento será determinado pela performance do indexador especificado no papel no momento da aplicação. 

Os ativos mistos, por fim, rendem uma taxa pós-fixada, comumente atrelada ao IPCA, mais uma taxa bônus prefixada adicional. 

Vantagens do crédito privado 

Ao investir no mercado de crédito privado, o investidor pode ter acesso a papeis com condições especiais que trarão maior diversidade a sua carteira de investimentos.  

Investimentos como CRIs, CRAs e debêntures incentivadas contam, por exemplo, com isenção de Imposto de Renda. Isso faz com que o rendimento líquido seja maior comparado a papeis não-isentos de rendimento bruto igual. 

Além da isenção tributária, os ativos de crédito privado também normalmente oferecem taxas mais atrativas para os investidores. Isto porque há risco maior que nos títulos públicos ou bancários. 

Quando investe neste mercado, o investidor tem acesso a uma grande variedade de setores da economia. Além de ajudar a impulsionar a atividade econômica no país, o mercado de crédito privado é capaz de oferecer uma grande variedade de taxas, prazos e condições para o investidor – condições mais flexíveis e diversas do que no mercado de títulos públicos e bancários. 

Pontos de atenção 

Para investir no mercado de crédito privado, o investidor precisa se atentar a alguns pontos. 

O primeiro ponto é o risco. Mesmo que muitas pessoas imaginem o contrário, o mercado de renda fixa não é isento de risco. Os títulos de crédito privado não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que oferece proteção a investimentos bancários, uma vez que são emitidos por empresas. 

Por fim, o investidor pode ser atentar também à liquidez dos papeis. Como são investimentos menos negociados do que o Tesouro Direto ou CDBs, por exemplo, vender um ativo de crédito privado no mercado secundário pode ser menos ágil do que nos títulos mais tradicionais de renda fixa. 

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