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Amortização: vale a pena?

Os financiamentos são uma parte importante do nosso sistema financeiro. Através deles, é possível adquirir bens – como imóveis ou veículos – e pagar de forma parcelada no médio e longo prazo. 

Estes financiamentos, no entanto, possuem taxas de juros que representam o lucro da parte financiadora, seja ela uma instituição financeira, uma montadora ou uma incorporadora, por exemplo. Para diminuir os juros e/ou o prazo do financiamento, muitas pessoas recorrem à amortização. 

A amortização é uma operação financeira que, de maneira resumida, é uma redução da dívida através de um pagamento adicional às parcelas recorrentes. 

No texto de hoje do Blog Messem, vamos te explicar em detalhes o que é a amortização, como funciona essa operação e, principalmente, se vale a pena ou não realizar a antecipação de parcelas do seu financiamento. Confira! 

O que é amortização? 

Como dito acima, a amortização é uma redução da dívida. A amortização acontece quando você realiza pagamentos complementares às parcelas do seu financiamento. 

Vamos usar um exemplo prático? Imagine que você tomou um crédito de R$ 300 mil para realizar a compra de um imóvel e cada parcela do financiamento será de R$ 1,5 mil. Caso você pague um valor acima da parcela previamente acordada, o excedente será amortizado do valor principal da dívida. 

Ao realizar o pagamento antecipado de parte da dívida, você estará abatendo diretamente parte do valor principal do crédito – sem o pagamento de juros. Os valores dos juros e encargos sobre a dívida podem ou não ser abatidos com a amortização do valor principal, dependendo das condições acordadas no momento da contratação do crédito. 

No mercado brasileiro, existem duas modalidades de amortização: a Tabela SAC e a Tabela Price. 

O Sistema de Amortização Constante (SAC) é a modalidade de amortização mais praticada para o abatimento de dívidas de financiamentos. Neste sistema, o valor final da parcela é reajustado de forma decrescente ao longo dos meses 

Se juros do financiamento inteiro correspondem a, por exemplo, o R$ 50 mil, ele será distribuído entre as parcelas de maneira variável. De forma geral, podemos usar duas fórmulas para entender como funciona a composição do preço final de uma parcela em um financiamento: 

Parcela = Amortização + Juros 

ou 

Amortização = Parcela – Juros 

Desta forma, as primeiras parcelas de um financiamento terão um valor final superior às parcelas finais. Isso porque estas últimas parcelas costumam carregar uma parcela menor dos juros e são constituídas majoritariamente do valor principal do crédito. 

Já no Sistema PRICE, as parcelas são uniformes ao longo do financiamento. Se você faz um empréstimo no valor de R$ 20 mil a ser pago em 12 parcelas e juros prefixado de 20% ao ano, por exemplo, os juros totalizarão R$ 4 mil. 

Assim, teremos um financiamento com valor final de R$ 24 mil que serão distribuídos de maneira uniforme ao longo do período de pagamento. Ou seja, teremos 12 parcelas fixas de R$ 2 mil. 

Vale a pena antecipar parcelas? 

A resposta para essa pergunta depende de uma série de fatores, mas sobretudo do sistema de amortização escolhido na tomada do crédito. Para entender isso, é necessário fazer um balanço de prós e contras desta operação. 

Pagar parcelas do financiamento de maneira antecipada reduz seu saldo devedor e, com isso, também reduzirá o número de parcelas a se pagar no futuro. Mas, como dito antes, nem sempre a amortização resultará em uma redução nos custos de juros e encargos do financiamento. 

Com isso em mente, você deve ter em mente o real impacto de antecipar estas parcelas. No caso de um financiamento de um imóvel que segue a Tabela SAC, é possível que não seja financeiramente vantajoso fazer o pagamento antecipado das parcelas finais, uma vez que elas carregam uma baixa pequena dos juros. 

Desta forma, investir esse excedente que seria destinado à amortização pode ser uma alternativa com melhor resultado no longo prazo. Se o financiamento do seu imóvel tem, por exemplo, juros de 2% ao ano, taxas muito inferiores a diversos produtos de renda fixa disponíveis no mercado brasileiro para curto, médio e longo prazo. 

Você também precisa prestar bastante atenção à sua situação financeira e, antes de amortizar parcelas futuras do financiamento. É necessário ter certeza de que você tem uma reserva de emergência bem estruturada e saúde financeira para quitar com as próximas parcelas do financiamento. 

Quando falamos de financiamentos com juros mais altos e com outros sistemas de amortização, como a Tabela PRICE, a amortização pode ser uma alternativa vantajosa. Como falado acima, no entanto, certifique-se de que você não tem outras pendências financeiras para cuidar e que o pagamento antecipado de parcelas não comprometerá seu orçamento no curto prazo. 

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